A segunda edição do salão MakeUp in São Paulo foi realizada nos dias 8 e 9 de dezembro de 2015, no Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista. Os 24 expositores, que representavam diversos segmentos do setor de maquiagem (embalagem, fórmulas, tendências, comportamento de consumo), acolheram 1.200 profissionais, o que representa, em comparação com o ano anterior, um aumento de 100% no número de visitantes, segundo os organizadores.

"A edição 2015 do MakeUp in SaoPauloconfirma que esse tipo de evento - focado, especializado e convivial - faz sucesso entre as marcas brasileiras de maquiagem", afirma Sandra Maguarian, coordenadora do salão.

A satisfação também é evidente entre os expositores entrevistados pelo Brazil Beauty News. Para Flavio Unikowsky, Manager Latin America da Cosmogen, "o MakeUp in São Paulo é um salão interessante, de boa qualidade e frequentado por decisores. Como é um evento de pequeno porte, esses decisores podem voltar ao estande para conversar melhor se estivermos ocupados quando eles passarem pela primeira vez".

"Tivemos a oportunidade de encontrar nossos principais clientes. Embora a movimentação tenha realmente começado um pouco tarde, como é o caso em geral no Brasil, na maior parte do tempo o evento foi excelente. Esse salão tem um foco preciso e é eficaz para nós", explica Igo Minetto, coordenador Marketing da Faber-Castell Cosmetics Brasil.

Inovação em destaque

Novos gestos, novos processos industriais, designs audaciosos, formulações inéditas... A inovação foi, incontestavelmente, a tônica do salão.

No hall de entrada, a Innovation Tree apresentava os produtos mais inovadores, selecionados por uma comissão de especialistas, e incluía numerosas novidades lançadas pelas empresas Adhespack, Baralan, Chromavis, Cosfibel, Cosmogen, Faber-Castell Cosmetics, Intercos, Polychromatic, Sleever International e Strand Cosmetics.

A busca de inovação foi também um dos temas ressaltados pelos representantes de marcas brasileiras presentes na mesa-redonda que marcou o encerramento do salão. "Precisamos investir em inovação para oferecer produtos de melhor qualidade aos clientes", explicou Murilo Reggiani, sócio-diretor da Vult Cosmética. "Em certos casos, vale a pena investir em uma embalagem importada que, apesar de mais cara, pode oferecer um diferencial em termos de competitividade", acrescentou.

A questão do custo é realmente um problema nesse mercado, que ainda é dominado por produtos de massa. Por isso é tão importante produzir localmente. Maria Paula Fonseca, Global Unit Director Make Up & Skin Care da Natura, fez questão de frisar o quanto "é importante que a maior parte da cadeia de abastecimento esteja situada no Brasil, a fim de evitar, por exemplo, problemas decorrentes da volatilidade das moedas".

Esse é também o ponto de vista do Grupo Granado. "O Brasil está longe de ser um país fácil para os fornecedores internacionais, mas há um enorme potencial para aqueles que conseguirem oferecer a melhor qualidade, mantendo o custo em um nível aceitável. Precisamos de parceiros dispostos a investir no longo prazo", insistiu Nazish Munchenbach, diretora de Vendas e Marketing da Granado.

Onda de otimismo

No final das contas, apesar da crise econômica em que o Brasil está mergulhado, os participantes se mostraram muito otimistas em relação ao setor de maquiagem. Não apenas graças ao "efeito batom", que parece beneficiar a categoria, como também, de maneira mais ampla, em razão da estrutura favorável do mercado.

"Atualmente, o consumo está concentrado nos segmentos de preços mais baixos. Porém, sempre que possível, as mulheres buscam comprar produtos mais caros", explica Mirele Martinez, Brand Manager Make B do Grupo Boticário. "Os preços vão subir automaticamente quando a expansão econômica voltar".

Para Murilo Reggiani, "há mais oportunidades que problemas no Brasil. A crise não reside nos volumes de vendas, mas nos lucros. A demanda por produtos de maquiagem continua firme e forte!"