Esta questão que foi abordada recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao apresentar o estudo “Retrato do uso sustentável de recursos da biodiversidade pela indústria brasileira”. A análise ouviu 120 executivos de pequenas, médias e grandes indústrias.

Entre os pontos apresentados, chama a atenção o fato de que 86,7% dos gestores brasileiros enxergam que a importância atribuída ao uso da sustentabilidade aumentou nos últimos cinco anos. Para eles, isso ocorre devido à maior conscientização das pessoas, ao aumento de campanhas ligadas ao tema e também ao fato de os empresários estarem mais atentos ao uso sustentável da biodiversidade.

A análise apontou ainda que, nos últimos dois anos, 52,5% das empresas investiram em produtos que utilizam recursos da biodiversidade. Além disso, no mesmo período, 48% das companhias de grande porte investiram em ações ou projetos voluntários de conservação ambiental.

Os resultados mostram que o Brasil está muito mais comprometido com o respeito ao meio ambiente do que há alguns anos. Muitos já enxergam que a biodiversidade tem o poder de tornar os negócios mais competitivos. A meta é que, com o passar dos anos, novas companhias se inspirem e invistam em modelos de negócios mais transparentes, com cadeias de produção comprometidas com o bem-estar das gerações atuais e futuras.

Existe um interesse crescente da população mundial por produtos eficazes e que tenham uma história verdadeira de sustentabilidade por trás deles. Ou seja, é preciso que haja um compromisso corporativo não somente com a preservação ambiental, mas também com a criação de uma cadeia de valor, capaz de promover melhorias na qualidade de vida de todos os agentes envolvidos no processo produtivo.

É necessário investir na criação de sistemas, processos e políticas. Com ações capazes de recuperar e tratar o solo e preservar as florestas e as plantações, será possível resgatar o valor das riquezas naturais e ampliar ainda mais o poder da biodiversidade. Essa é uma iniciativa capaz de transformar não apenas o meio ambiente, mas também o panorama econômico.