O Havaí talvez venha a ser o primeiro estado americano a proibir alguns tipos de filtros solares que presumidamente contribuem para a degradação de seus recifes de corais. No início de maio, o Legislativo desse arquipélago do Pacífico adotou um projeto de lei cujo objetivo é proibir a venda de protetores solares que contenham oxibenzona (INCI: Benzophenone-3) e octinoxato (INCI: ethylhexyl methoxycinnamate).
O projeto de lei, que aguarda promulgação pelo governador do estado americano, deverá entrar em vigor em 1° de janeiro de 2021.
"A degradação dos recifes de coral é um problema ambiental sério, que merece toda a nossa atenção. Cientistas do mundo todo trabalharam para compreender as causas do branqueamento de corais e chegaram à conclusão de que as principais razões desse fenômeno são a poluição, as mudanças climáticas e a pesca excessiva. Mas, embora tenhamos plena consciência de que a saúde dos corais é extremamente importante, a prevalência de diagnósticos de câncer da pele e a mortalidade associada a essa doença são igualmente preocupantes. Os riscos da exposição ao sol são evidentes e universalmente reconhecidos pelos profissionais de saúde pública e dermatologistas do mundo todo", comentou Alexandra Kowcz, Diretora Científica da Personal Care Products Council, associação profissional que defende os interesses da indústria americana de beleza.
Desde que alguns estudos identificaram os filtros solares como fatores da perda de vitalidade dos corais, o número de pesquisas sobre esse tema cresceu consideravelmente, bem como o número de produtos que alegadamente respeitam o meio ambiente marinho.