A Natura chegou a acordo para a venda da marca australiana de cosméticos de luxo Aesop para o grupo L’Oréal. Após 10 anos sob a liderança de Natura &Co, o negócio atribui valor de USD 2,525 bilhões para a marca vendida pela empresa brasileira.

Desde que passou a fazer parte da Natura &Co em 2012, a Aesop apresentou crescimento significativo. Entre 2012 e 2022, as vendas brutas aumentaram de USD 28 milhões para USD 537 milhões. O número de lojas e quiosques passou de 52 para 395, e a Aesop expandiu sua presença geográfica de 8 para 29 mercados. Recentemente, em 2022, a Aesop abriu sua primeira loja física na China e expandiu significativamente sua categoria de fragrâncias.

A Natura &Co diz que a venda da Aesop vai ajudar a companhia no processo de redução do endividamento, fortalecendo e desalavancando seu balanço patrimonial, liberando recursos para focar em suas prioridades estratégicas, como a integração e otimização da presença da Avon International na América Latina, e aprimoramento dos negócios da The Body Shop.

"A venda da Aesop marca um novo ciclo de desenvolvimento para a Natura &Co. Com uma estrutura financeira fortalecida e um balanço desalavancado, a Natura &Co, poderá aprofundar o foco em suas prioridades estratégicas, especialmente em seu plano de investimentos na América Latina. Também poderemos nos concentrar em continuar aprimorando os negócios da The Body Shop e reorientar a presença da Avon International", afirma Fabio Barbosa, Diretor Presidente da Natura &Co.

"É com grande entusiasmo que dou as boas-vindas à Aesop e sua equipe à família L’Oréal. A Aesop está na vanguarda da beleza e seus produtos são feitos com muito cuidado e excepcional atenção aos detalhes, assim como uma incrível combinação de urbanidade, hedonismo e luxo. Trata-se de uma marca fortemente conectada com todas as tendencias atuais, e a L’Oréal vai acelerar a realização de seu enorme potencial de crescimento, principalmente na China e no Travel Retail", afirma Nicolas Hieronimus, CEO da L’Oréal.

A transação ainda está sujeita a aprovações regulatórias e deve ser concluída no terceiro trimestre de 2023.