A Quorum Brasil - uma empresa de pesquisa de mercado, situada em São Paulo - entrevistou, no mês passado, mais de mil homens e mulheres em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Salvador das classes sociais A, B e C. Enquanto 97% das mulheres ouvidas disseram ter o hábito de mudar a aparência, entre os homens apenas 38% fazem o mesmo, sendo que esse porcentual varia muito pouco de uma capital para outra. Os serviços mãos procurados são manicure, sobrancelha e pedicure no caso feminino. Entre os homens, o corte de cabelo e a limpeza de pele lideram a lista de cuidados com a beleza.

Os homens não sentem-se confortáveis com a palavra ‘estética’, preferem algo mais próximo de ‘cuidar do corpo’, tema que já estão acostumados com a experiência de frequentar academias, sugerindo, portanto, algo mais masculino”, explica a Qorum Brasil.

97% das mulheres ouvidas disseram ter o hábito de mudar a aparência. Foto: ©...

97% das mulheres ouvidas disseram ter o hábito de mudar a aparência. Foto: © Shutterstock.com / Syda Productions

A maioria das mulheres, 48%, vai ao salão uma vez por semana ou a cada 15 dias. Os homens menos, 57% responderam que vão bimestralmente ou mais.

Podemos dizer que a estética ainda é algo mais próximo do universo das mulheres, mas já começa a se tornar relevante o número de homens que se preocupam com a aparência, especialmente onde a renda é mais elevada, caso de São Paulo, por exemplo”, explica o CEO da Quorum Brasil, Cláudio Silveira.

A maioria, dos dois sexos, gasta de R$50,00 a R$ 100,00 por mês, sendo que na cidade de São Paulo, é maior a quantidade de pessoas que gasta acima de R$100,00 mês e mais de 90% vão aos salões de beleza de bairro. A capital que menos gasta é Salvador, onde 55% dos entrevistados gastam até R$50,00 por mês.

Quando o assunto é a crise, a classe C acredita menos na recuperação do cenário econômico e pretende reduzir seus gastos com estética, muito provavelmente reduzindo a frequência aos salões e fazendo em casa essas atividades em casa. Mas as classes B e principalmente a A, em função mais uma vez da renda maior, seguirão cuidando da aparência sem necessariamente reduzir e, no caso da classe A, os gastos devem aumentar com a melhora da crise.

Cuidar da estética extrapola a questão da aparência e tem a ver com o bem-estar pessoal, com a melhoria nos relacionamentos, com auto-estima elevada e maiores possibilidades de crescer na vida, com a possibilidade de melhores empregos”, ressalta Silveira analisando os dados.