Presente no Brasil há 23 anos e dona de marcas como Huggies, Intimus e Kleenex, a Kimberly-Clark acaba de atingir no país uma de suas metas globais de sustentabilidade. Todas as fábricas brasileiras da companhia norte-americana de cuidados pessoais se tornaram “aterro zero" ao passarem a reaproveitar 100% dos resíduos gerados durante sua produção, evitando o descarte de materiais excedentes em aterros sanitários.

Segundo dados de 2019 do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Brasil possui cerca de 1300 unidades de aterros controlados e ainda quase três mil “lixões”, distribuídos em todo o país.

O marco do “aterro zero” no Brasil foi atingido dois anos antes do previsto na “Visão 2022” da multinacional. Para acompanhar a evolução dessa iniciativa, a Kimberly-Clark criou um índice de valorização de resíduos (IVR), com o objetivo de direcionar esforços e acompanhar o gerenciamento do descarte de materiais e o seu impacto financeiro para a operação.

De acordo com a empresa, de 2015 a 2019, a gestão de resíduos gerou uma receita líquida acumulada de mais de R$ 7 milhões. Em 2014, quando o trabalho foi iniciado, o saldo era negativo em R$ 1,7 milhão.

Materiais recicláveis

Por meio de iniciativas desenvolvidas com parceiros, a polpa de celulose descartada na operação é utilizada para a fabricação de tapetes higiênicos para animais de estimação e o pó da celulose, com alto poder de absorção, ganha função na solidificação de líquidos após o degelo de câmaras frias. Já os resíduos de fraldas podem virar desde “madeira plástica” até combustível.

O plástico remanescente da produção é reciclado para a confecção de utensílios como vassouras, pás e cabides. Vidro, sucata metálica, papel e papelão também têm o mesmo destino e todo entulho é transformado em material de construção, substituindo a areia e a pedra brita, por exemplo.

Composteiras também são empregadas pela Kimberly-Clark. Elas processam toda a matéria orgânica gerada nas fábricas brasileiras, transformando em adubo as sobras do refeitório e resíduos de jardinagem.

“Somos uma empresa que se aproxima dos seus 150 anos no mercado e ao longo da nossa jornada seguimos comprometidos em impactar positivamente as comunidades nas quais trabalhamos e vivemos”, declara Jorge Colla, gerente de meio ambiente da Kimberly-Clark no Brasil.