Seguindo a tendência mundial, as empresas brasileiras de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos assumiram um compromisso voluntário para eliminar o uso de micropartículas plásticas sólidas em seus produtos até 2021. A indústria antecipa também a possível marco regulatório no Brasil. As micropartículas plásticas sólidas insolúveis (MPSIs) serão substituídas por outros ingredientes com função semelhante, mas biodegradáveis, em produtos enxaguáveis, como os esfoliantes.
“Ainda que o impacto decorrente das micropartículas utilizadas nestes produtos seja muito pequeno, o setor decidiu eliminar o uso de MPSIs em sua fabricação, atendendo a um movimento global para redução da poluição oceânica, sem comprometer a qualidade e a segurança para os consumidores. Reino Unido, França, EUA e, mais recentemente, o Japão, já adotam medidas para proibir ou inibir o usos destes ingredientes em produtos cosméticos e de higiene pessoal”, explica a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
As MPSIs são utilizadas na formulação de alguns produtos de cuidados pessoais e podem ser definidas como quaisquer partículas de plástico sólido (com tamanho igual ou menor que 5 mm), insolúveis em água, intencionalmente adicionadas, usadas para esfoliar ou limpar.
De acordo com a ABIHPEC, o desafio para atender a este compromisso voluntario é grande, tendo em vista a complexidade em identificar outros ingredientes que sejam comprovadamente seguros e eficazes para o uso dos consumidores. Novas formulações e ingredientes necessitam ser avaliadas e testadas, bem como submetidos às exigências legais que normatizam este segmento. "Apesar das dificuldades, a indústria pretende que a contribuição do setor seja reduzida, eliminando o uso de micropartículas plásticas sólidas insolúveis em produtos enxaguáveis até 2021," diz a associação.