A razão desse crescimento é simples: os consumidores compram porque "estão podendo", e a expectativa é que as lojas voltem a ficar lotadas de clientes. Os varejistas pretendem contratar entre 500 mil e 665 mil pessoas para trabalhar no período das festas de fim de ano, ou seja, mais do que os 486 mil contratados em 2020. As lojas estão fazendo todo o possível para tornar a experiência agradável e rentável.
O aumento das vendas deverá atingir seu ponto máximo entre o feriado de Thanksgiving e a Black Monday. Os estabelecimentos comerciais serão invadidos por 165 milhões de americanos, distribuídos da seguinte forma: 47% nas lojas de departamento, 44% nas lojas de material eletrônico, 40% nas butiques de moda e 28% nas lojas de brinquedos. A previsão é que o gasto médio com presentes seja de US$ 997,73 (Prosper Insights Analytics). Pelo menos por enquanto, parece que nem mesmo a inflação vai prejudicar as vendas e os negócios neste fim de ano.
Comércio ganha novos valores
Na esteira da pandemia, surgiram novos serviços - como click & collect, entrega imediata e entrega no mesmo dia - que trazem uma nova visão do serviço ao cliente. Cada vez mais, lojas de departamento e butiques de luxo atuam como empresas de serviços que praticam a cultura customer centric.
O Clube dos bilionários
Recentemente, mais de 30 celebridades lançaram suas próprias linhas de maquiagem ou de cuidados. Algumas, com grande sucesso.
Assim, a marca Fenty Beauty, da cantora Rihanna, mudou o rumo da indústria de cosméticos, forçando as outras marcas a se inspirarem em sua linha revolucionária de produtos e conferindo à inclusividade um papel de destaque. O lançamento da marca, em 2017, foi o ponto de partida para uma mudança radical, que levou a indústria de cosméticos a integrar o princípio de representatividade.
Por exemplo, a rede de lojas Sephora acaba de adotar mais uma medida importante em favor da representatividade BIPOC (sigla americana para negros, indígenas e pessoas de cor) em sua oferta de produtos. Em colaboração com os fundadores da comunidade BIPOC que participam do programa Incubadora Accélération 2021, a Sephora selecionou oito marcas para suas lojas: 54 Thrones, Eadem, Glory, Hyper Skin, lmania Beauty, Kulfi Beauty, Ries e Topicals.
Com sua pele luminosa, seus cabelos cor de mel e seu olhar matador, JLO exibe, aos 52 anos, o mesmo sex appeal e o mesmo corpo escultural da juventude. Sua beleza é imune ao tempo que passa e garante o sucesso da marca JLO Beauty.
O cantor e compositor Pharell Williams criou Humanrace, uma linha inovadora "sem distinção de raça ou de gênero".
Selena Gomez lançou Rare Beauty, sua marca de maquiagem, com 150 referências (base facial, paleta de sombras, blush, lápis de sobrancelha, bálsamo para os lábios e muitos outros artigos).
A R.E.M. Beauty foi criada à imagem e semelhança da cantora Ariana Grande, que deu à sua marca o mesmo nome do perfume que havia lançado em 2020 – um nome que, aliás, retoma o título de uma das músicas de seu álbum Sweetener.
Corrida do ouro
É tentador ver nesses exemplos de sucesso uma nova corrida do ouro. Essa tendência deverá se confirmar com a lista de influenciadores e celebridades que em 2022 pretendem lançar uma marca para chamar de sua. Entre os famosos, destacam-se Scarlett Johansson, Priyanka Chopra Jonas, Loren Conrad, Iam Halsey, Cardi B, Hailey Bieber, Selena Williams Aneres, Khloe Kardashian, Courtney Kardashian, Kendal Jenner e Kanye West, que anunciou o lançamento da Donda Cosmetics, linha de produtos criada em homenagem a sua mãe.
Os principais alvos dessas novas marcas são os consumidores negros e latinos, além da geração Z.
Uberização da maquiagem
Toda essa agitação em torno do lançamento de produtos de maquiagem e de cuidados acaba fazendo com que os consumidores zapeiem de uma marca a outra, sem realmente oferecer grandes novidades.