O presidente da Beraca, Ulisses Sabará, foi reconhecido pela ONU como um dos dez representantes mundiais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) durante a última Cúpula de Líderes do Pacto Global, realizada nos dias 22 e 23 de junho, em Nova Iorque.
O Brasil foi o único país a ter dois integrantes no grupo, formado por líderes empresariais e agentes de transformação engajados em estimular ações e negócios alinhados aos 17 ODS. Além de Sabará, Sonia Favaretto, Diretora de Imprensa e Sustentabilidade da BM&FBOVESPA, também foi selecionada pela iniciativa.
O presidente da Beraca foi condecorado por seus esforços alinhados ao Objetivo 15 (Vida Terrestre), dedicado a proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres. Entre as ações que garantiram o reconhecimento de Sabará pelo Pacto Global, está o investimento em projetos apoiados na promoção do desenvolvimento social e da preservação ambiental, com destaque para o Programa de Valorização da Sociobiodiversidade, criado em 2000.
Segundo Thiago Terada, gerente de sustentabilidade e assuntos coorporativos da Beraca, a iniciativa vem apresentando números cada vez mais expressivos, seja na quantidade de comunidades que fazem parte do programa, como no impactos positivos gerados. “Atualmente, a Beraca atua com mais de 100 comunidades agroextrativistas espalhadas pelo Brasil, atingindo quase 10.000 pessoas em 12 estados brasileiros. O projeto exerce o papel de ponte entre essas famílias e os principais fabricantes de cosméticos do mundo. Seus resultados nos âmbitos social e ambiental vêm sendo avaliados constantemente através de parcerias com ONGs e universidades”, afirma Terada.
Outra notícia comemorada pela Beraca foi a regulamentação da Lei 13.123/2015, conhecida como novo marco legal da biodiversidade, quase um ano após ter sido sancionada. Ela determina o acesso e a exploração econômica dos recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade e à agrobiodiversidade no Brasil. “Isso significa que agora as empresas e órgãos de pesquisa já podem conduzir seus projetos com segurança, de acordo com a Lei, mesmo que o sistema eletrônico ainda não esteja completamente implementado”, diz Terada.
Tudo indica que a ratificação do Protocolo de Nagoya será o próximo passo. Segundo Terada, o Brasil participou ativamente das discussões para a concepção do documento, em 2010. “Com o atual cenário politico em transição, é impossível fazer previsões, mas o Brasil sempre foi pioneiro em assuntos ambientais e possui legislação especifica para o acesso a recursos genéticos e a repartição de benefícios desde 2001”, explica.
Os avanços regulatórios acompanham a crescente demanda dos fabricantes e do mercado por ingredientes naturais e sustentáveis. “O consumidor está cada vez mais interessado em saber se as empresas se preocupam de maneira legítima com a rastreabilidade de suas matérias-primas, em interagir com as marcas e entender sobre as histórias que estão por trás delas”, afirma Terada.
Segundo Sabará, o reconhecimento da ONU resultará em um importante impulso aos negócios da Beraca e ajudará a promover projetos sociais e ambientais já em andamento e também os que ainda estão por vir. “Estamos vivendo um momento delicado no âmbito social e ambiental e espero que os ODS avancem. Para isso, contamos com o engajamento de líderes empresariais locais e de toda a sociedade, a fim de ampliarmos o nível de conscientização e garantirmos uma profunda transformação”, conclui Sabará.