De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 28,3 mil lojas foram fechadas no Brasil em 2020, primeiro ano da Covid-19. Mesmo com um cenário de recessão econômica, desemprego em alta e incertezas em relação ao rumo da pandemia, o varejo brasileiro reagiu e terminou 2021 com 204,4 mil novos pontos de venda no país. Com quase 30 anos de mercado, a Phytoterápica foi umas das empresas que contribuiu para esse saldo positivo do comércio. A marca de aromaterapia e produtos naturais e veganos abriu no final de 2021 a sua primeira loja própria. Poucos meses depois, em março deste ano, foi inaugurada a segunda unidade. Ambas estão localizadas na cidade de São Paulo, sede da companhia, que também tem escritórios no Rio de Janeiro, Florianópolis e Madri, na Espanha.
“A Phytoterápica está sempre buscando novas oportunidades de negócio e mais canais de contato com o consumidor. A loja física veio depois de um momento pandêmico como uma forma de proporcionar uma vivência mais próxima de nossos produtos e cultura, o que é muito importante quando falamos em óleos essenciais”, diz a gerente de marketing Renata Hoffmann.
Outras unidades já são planejadas pela empresa. “As lojas físicas nunca serão extintas, o consumidor gosta de comprar presencialmente, gosta de experimentar e levar na hora. Por isso, temos expectativa de abrir ainda neste ano mais uma loja em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Vamos começar pelos grandes centros comerciais do Brasil e futuramente, conforme formos criando uma maior identidade física, queremos explorar novos estados, como na região Nordeste”, afirma Hoffmann.
Ela conta que, a longo prazo, as lojas devem representar 20% da receita. Atualmente, 75% do faturamento da Phytoterápica vem do varejo, 25% das vendas diretas com consultoras e 5% do e-commerce. “Percebemos que podemos melhorar nossos resultados com uma comunicação mais próxima ao cliente e a melhor maneira de fazer isso é oferecer os produtos diretamente por meio de lojas próprias, que também enxergamos como um canal para alcançar mais perfis de clientes”, diz a gerente. Hoje a maioria dos consumidores da marca são mulheres das classes A e B.
Outra forma que a empresa vem usando para atrair outros públicos é o lançamento de cosméticos formulados com óleos essenciais e vegetais, que podem ser utilizados diretamente no rosto, corpo ou cabelos. Os novos Manteiga Corporal de Cupuaçu, Creme para Pés e Óleo para Unhas e Cutículas, além do sérum facial Bella Pelle e o Creme Hidratante de Aloe Vera são exemplos dessa estratégia comercial.
“Ainda que estejam se tornando mais conhecidos, os óleos essenciais exigem cuidados no uso, como a diluição ou aplicação com outros produtos. Ao vender cosméticos prontos, além de aproximarmos a aromaterapia do público leigo, também atingimos aqueles que preferem praticidade e rapidez, adquirindo o produto para uso imediato”, explica Hoffmann.
Para ela, esse tipo de cosmético deve ganhar mais espaço no Brasil. “A empresa teve um crescimento significativo durante a pandemia porque houve um aumento da preocupação quanto à saúde, bem-estar e ao uso de produtos naturais”, afirma Hoffmann. “Antes as pessoas compravam cosméticos sem se importar com os ingredientes, se atentando apenas aos benefícios descritos na embalagem. Agora, ao adquirirem um produto, querem saber de sua origem”, finaliza a gerente.