O grupo de luxo Chanel anunciou, nesta terça-feira (21), um recorde de vendas em 2023, com um aumento de 14,6%, para 19,7 bilhões de dólares (100,5 bilhões de reais), e lucro líquido de 4,7 bilhões de dólares (24 bilhões de reais), uma alta de 3%. Metade do volume de negócios foi alcançado na região Ásia-Pacífico, que, no entanto, tem colocado muitos desafios às marcas de luxo nos últimos anos.
"A Chanel voltou a alcançar um resultado financeiro sólido em 2023", com um crescimento em todas as categorias, ressaltou o diretor financeiro do grupo, Philippe Blondiaux, citado em comunicado. "Após três anos de um crescimento excepcional para a nossa indústria, o contexto é mais difícil".
Desde o terceiro trimestre de 2023, o mercado de luxo está em queda na Europa e nos Estados Unidos, e não recuperou o crescimento esperado na China. Mas, para a Chanel, que não especifica seus resultados trimestre por trimestre, “as vendas aumentaram no conjunto dos mercados, uma vez que as equipes de venda seguem reforçando nossos laços com a clientela local, enquanto acontece a recuperação duradoura do turismo", disse Blondiaux.
Na região Ásia-Pacífico, as vendas ultrapassaram 10 bilhões de dólares ( 51 bilhões de reais), um aumento de 17,7%. O crescimento foi mais forte na Europa (+18,8%, para 5,6 bilhões de dólares — 28,5 bilhões de reais) e modesto nas Américas (+2,6%, para 3,9 bilhões de dólares — 20 bilhões de reais).
Criada por Coco Chanel, a empresa tem como donos os irmãos Wertheimer e é uma das poucas do setor de moda e luxo que se mantém independente.
A Chanel não divulga os resultados financeiros de cada um dos seus ramos, mas afirmou que a atividade de moda teve “um crescimento excepcional em todas as categorias”. Já a divisão de perfumes e beleza foi impulsionada principalmente pelo setor de maquiagem e pela venda em aeroportos.