O novo Relatório Mundial de Inovação em Beleza [1] da NielsenIQ fornece uma visão abrangente do estado da inovação e tendências futuras na indústria da beleza em 14 mercados.

A dupla inovação-ativação

O relatório destaca a importância de grandes inovações para atrair novos compradores, criar novas ocasiões de uso, justificar preços mais altos e manter as marcas em destaque.

De acordo com os dados coletados pela NielsenIQ, um produto inovador pode ter um potencial de crescimento significativo, com um aumento médio de volume no primeiro ano de 30% em comparação a seus concorrentes menos bem-sucedidos. Paralelamente, uma ativação eficaz leva a um aumento de 20% nas vendas impulsionadas por anúncios, sobretudo quando os elementos criativos são otimizados. Nielsen observa que um terço dos novos lançamentos fracassa durante o primeiro ano devido à falta de suporte suficiente.

“Isto ressalta a importância de ter um ótimo produto e garantir que os esforços de marketing e promoção sejam bem executados e repercutam com o público-alvo,” diz a empresa de pesquisa de mercado.

Portanto, uma boa compreensão das principais tendências de beleza é um elemento essencial para o sucesso das marcas.

Tendências que aceleram a inovação

Em seu relatório, a NielsenIQ destaca sete tendências principais nas quais as marcas de beleza podem basear suas inovações:

1. Limpeza e sustentabilidade

A tendência para produtos limpos e sustentáveis está crescendo na categoria CPG, com foco em fornecimento ético, embalagens ecológicas e redução de pegadas de carbono.

Na Coreia do Sul, a beleza limpa se tornou uma escolha de estilo de vida, com fabricantes visando embalagens ecológicas e práticas de produção sustentáveis.

2. Foco nos ingredientes

Os consumidores de todo o mundo prestam atenção primeiro aos ingredientes quando fazem compras, e é a lista de ingredientes que determina as suas prioridades. Eles estão interessados em quais ingredientes estão incluídos e também em quais não estão.

Da mesma forma, os consumidores do Reino Unido priorizam resultados e eficácia em vez de marcas.

3. Consultoria de confiança

Celebridades, dermatologistas e influenciadores estão moldando decisões de beleza através das mídias sociais.

Na China, o número de Key Opinion Leaders (KOLs) ultrapassa 20 milhões e está crescendo, enquanto 80% das vendas reais vêm de apenas 7% de KOLs.

4. Personalização e inclusão

Os consumidores preferem cada vez mais marcas que satisfaçam as necessidades individuais, gerando experiências mais personalizadas, como testes de cabelo e pele.

O afroconsumo é o tema mais candente de personalização e inclusão no Brasil, com mulheres optando por não usar produtos para alisar o cabelo.

5. Foco no bem-estar

Os consumidores estão priorizando seu bem-estar, gerando uma demanda por produtos que favoreçam a saúde física, mental e emocional.

O setor de cosméticos na França está alavancando a neurociência, que visam tanto o corpo como a mente. Marcas de luxo estão criando produtos que melhoram tanto a aparência da pele como o bem-estar emocional.

6. Conveniência e acessibilidade

Produtos de venda direta ao consumidor (DTC) e tratamentos de beleza em casa aumentaram em popularidade durante a COVID-19. Esta tendência continua crescendo, pois cosméticos elétricos e dispositivos de estímulo muscular aumentaram em popularidade.

7. Luxo para todos

Esta tendência em beleza reflete a crescente disponibilidade de produtos de alta qualidade a preços acessíveis. A democratização do luxo é impulsionada por marcas inovadoras que oferecem produtos excepcionais que rivalizam com os concorrentes de ponta.

"Apesar da crescente cautela com gastos, os consumidores estão menos dispostos a cortar seus gastos com beleza em comparação a outros produtos FMCG, com 80% indicando que pretendem manter ou aumentar seus gastos nesta área. A popularidade mundial do setor de beleza continua crescendo, com as vendas do setor mantendo uma taxa de crescimento de dois dígitos em todas as regiões, que deve trazer um aumento em escala de US$ 300 bilhões na próxima década," comentou Claire Marty, Vice-Presidente de Desenvolvimento Global de Clientes.