O cosmético que chega às prateleiras passa por várias etapas de desenvolvimento. Entre elas, a definição da paleta de cores da estação. Essas escolhas seguem as tendências observadas a partir do comportamento do próprio consumidor. O grande desafio está em como transformar o conceito em cor.
Atenta a essa contínua demanda da indústria, o ITEHPEC, área de inovação e tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), realizou na última quarta feira (20) o Workshop ITEHPEC de Tendências em Cores para Cosméticos.
Durante o workshop, foram explicados os aspectos que devem ser considerados para o desenvolvimento das paletas, afinal, de acordo com Paula Csillag, especialista e consultora em cores, não existe mais aquela única tendência de cor que agrada igualmente todos os públicos, como antigamente. “A partir do momento em que identificamos as tendências de cores de acordo com as características de cada marca e de cada nicho de consumo, se cria um mercado muito mais rico, com um potencial enorme. Até porque o consumidor hoje demanda uma personalização, onde ele possa enxergar sua personalidade, que é única”, explica.
Segundo Marina Kobayashi, gerente de inovação da ABIHPEC: “O objetivo do Workshop foi oferecer inputs, fundamentos e norteadores para elaborar os color trends ou paletas de cores. A paleta de cores é essencial para a indústria cosmética obter produtos que estejam em sintonia com o comportamento do consumidor”. Destacou ainda que “o workshop mostrou a importância de analisar os diversos aspectos e fatores que influenciam na percepção das cores: culturais, políticos, sociais, econômicos, ideológicos, entre outros”.
Apesar dos aspectos regionais de percepção de cor, um comportamento mundial crescente que tem chamado atenção dos especialistas é o ambientalismo. “Observamos uma vontade do consumidor de ser mais consciente e observaremos a interpretação desse comportamento como um reflexo nas próximas coleções”, revela Paula.