Os consumidores americanos estão cada vez mais propensos a usar recursos digitais quando compram cosméticos. Segundo a Mintel, dois de cada cinco compradores (39%) já usaram ou mostram interesse em usar os tablets disponíveis em algumas lojas quando desejam comprar um produto de beleza. Além disso, um terço dos consumidores (36%) afirma que estaria disposto a usar um dispositivo móvel ou os tablets fornecidos pela loja para pagar os produtos.
"Os smartphones e tablets desempenham um papel cada vez mais importante na experiência de compra de cosméticos. O que as marcas deveriam levar em conta é que o público aprecia usar aparelhos conectados sempre que possível. Partindo desse princípio, elas poderiam tirar partido dos resultados de pesquisas comportamentais para compreender em que momento e de que forma os consumidores usam esses aparelhos", explica Diana Smith, Senior Research Analyst, Distribution & Apparel da Mintel. "O setor de beleza alcançou um nível de maturidade que permite à tecnologia alavancar a inovação. As lojas conectadas ilustram muito bem essa ideia: os consumidores podem escolher como desejam efetuar as compras e têm à disposição recursos exclusivos para testar diretamente os produtos antes de comprar, sem ficar na dependência de um vendedor".
Ferramentas para economizar
Segundo a agência de pesquisas de mercado, uma das razões pelas quais os consumidores estão recorrendo à tecnologia é a possibilidade de economizar. Três de cada cinco consumidores (58%) declaram estar interessados em aplicativos móveis que ofereçam descontos na compra de produtos de beleza nas lojas. Os cupons de desconto são extremamente populares entre consumidores de produtos de beleza: cerca de metade (47%) já baixou algum tipo de vale no celular ou tablet ao comprar produtos em uma loja ou on-line. Além disso, 54% dos consumidores de cosméticos se mostram interessados em aplicativos para comparar preços.
A influência determinante dos principais compradores
Os principais consumidores de produtos de beleza, ou seja, os que tenham efetuado pelo menos 11 compras no período de 12 meses até outubro de 2015, são mais propensos a expressar opiniões nas mídias sociais: 7 de cada 10 consumidores (69%) desse grupo afirmam gostar de compartilhar experiências sobre produtos nas páginas dos revendedores, o que representa o dobro do público em geral (35%). Outro dado importante é que 71% dos consumidores declaram que as mídias sociais os estimulam a comprar determinados produtos.
O estudo realizado pela Mintel revela que a maioria das compras de produtos de beleza são planificadas. Globalmente, três de cada cinco consumidores (63%) compram com o objetivo de substituir um produto que costumam usar. Experimentar novos cosméticos também é uma das principais motivações: 30% dos consumidores que entram em uma loja desejam testar algum tipo de novidade. Mas a espontaneidade é outro comportamento muito popular entre os consumidores de produtos de beleza: metade (52%) dessa população não resiste à tentação de comprar um produto não programado, e um de cada cinco (22%) aproveita uma promoção ou a possibilidade de usar um cupom de desconto. Por fim, 14% dos consumidores de produtos cosméticos declaram efetuar compras não previstas motivados por publicidade.
"Além de os principais consumidores de cosméticos usarem cada vez mais a internet – e particularmente as mídias sociais – para fazer compras, eles também influenciam os outros consumidores, em razão do sólido conhecimento que demonstram sobre produtos e marcas de beleza. Por isso, as marcas deveriam tirar melhor proveito desses consumidores influentes, divulgando o trabalho que eles fazem e oferecendo uma gratificação pelas resenhas. Sabendo que muitos consumidores planejam as compras de cosméticos – tanto para substituir outro produto como para testar novidades –, os comentários positivos feitos pelos principais usuários nas redes sociais podem incentivar compradores potenciais a escolherem um produto", conclui Diana Smith.