Apenas algumas semanas depois que a Califórnia se tornou o primeiro estado dos EUA a proibir a discriminação racial baseada no tipo de cabelo, a Nova York seguiu o exemplo. O governador Andrew Cuomo assinou a lei “CROWN Act NY A7797” proibindo que empregadores e estabelecimentos de ensino imponham normas relativas à aparência dos cabelos e restrinjam o uso de estilos naturais, como cabelos afro e penteados protetores.
O projeto contou com o apoio da CROWN Coalition, aliança formada pelas entidades National Urban League, Western Center on Law & Poverty e Color Of Change, bem como pela Dove, empresa pertencente à Unilever, gigante do setor de beleza. O nome "Crown", pelo qual a lei é conhecida, corresponde a um acrônimo que significa Creating a Respectful and Open World for Natural hair (Criar um mundo que respeite e aceite os cabelos naturais). A aliança também dá suporte a um projeto de lei semelhante em Nova Jersey.
"Como uma mulher negra que prioriza a equidade e ostenta um penteado natural há 17 anos, esse projeto é profundamente pessoal para mim", disse Tremaine S. Wright, que apresentou o projeto em Nova York ao lado da senadora Bailey, em uma declaração. "Depois de recordar a ação que a parlamentar Marcia Fudge assumiu durante seu mandato como presidente do Comitê Parlamentar Negro para enfrentar as regras o exército propôs para proibir penteados que impactariam desproporcionalmente as mulheres negras, decidi apoiar o Ato CROWN em NY".
Um estudo realizado em nível nacional pela Dove no início do ano revelou que mulheres negras têm 1,5 mais chances de serem mandadas de volta para casa pelo empregador (ou conhecem uma mulher negra mandada de volta para casa) em razão da aparência dos cabelos. As mulheres negras são também 80% mais propensas a mudar o estilo natural de seus cabelos a fim de se conformar às normas ou expectativas do ambiente de trabalho.
Para obter mais informações sobre o Crown Act, consulte o site www.thecrownact.com.