Embora a pandemia tenha estimulado um aumento significativo da demanda por esmaltes, a crise sanitária foi também – como para outras categorias de cosméticos – a ocasião para que tendências preexistentes se intensificassem: valorização de produtos naturais, eliminação de ingredientes polêmicos, busca de eficácia.
"Os esmaltes para unhas passaram por uma transformação tecnológica sem precedentes nos últimos dez anos", explica Pierre Miasnik, CEO da Fiabila, um dos líderes do setor. Uma transformação para a qual a Fiabila contribuiu amplamente: diante da chegada ao mercado de fórmulas de esmalte em gel à base de monômeros – cuja utilização pode comportar riscos –, a Fiabila decidiu inovar, oferecendo soluções alternativas adaptadas às diversas exigências das consumidoras.
Um amplo painel de soluções tecnológicas
"Atualmente, trabalhamos com diversas tecnologias destinadas a diferentes segmentos do mercado. Mas, seja qual for a técnica escolhida, todas as fórmulas que oferecemos são 100% veganas, apresentam alta qualidade e são produzidas em fábricas que seguem os mais rigorosos padrões de qualidade e de respeito ao meio ambiente", continua o dirigente. "O resultado é uma oferta de produtos mais naturais, mais seguros e realmente eficazes".
Todas essas tecnologias e inovações serão apresentadas em Bolonha, na Itália, por ocasião da próxima edição do salão Cosmopack, onde a Fiabila vai expor, primeiramente, sua coleção de esmaltes convencionais, ou seja, todos os esmaltes baseados na formação de um filme por evaporação de solventes. Esse tipo de produto se divide atualmente em duas categorias: por um lado, as fórmulas tradicionais à base de derivados de petróleo e, por outro, as fórmulas de origem natural, cada vez mais valorizadas pelas marcas e pelos consumidores.
"Hoje, é possível oferecer fórmulas com até 90% de matérias-primas naturais que proporcionam excelente nível de qualidade. Seja como for, todas as fórmulas são testadas por meio de painéis, e o nível de desempenho (duração, secagem, brilho etc.) é criteriosamente medido", explica Pierre Miasnik.
Mas, dando um passo pioneiro no setor, a Fiabila recentemente adotou a tecnologia de fórmulas reativas ou híbridas, que consistem na adaptação de fórmulas convencionais, possibilitando, como diz o nome, o uso "híbrido" do esmalte. Essas fórmulas contêm um oligômero que confere aos produtos propriedades adicionais, e a aplicação é idêntica à dos esmaltes convencionais: o filme é formado após a evaporação dos solventes, por secagem física do oligômero. Com a aplicação de uma camada adicional, obtém-se a polimerização do filme: na presença de raios UV (naturais ou por lâmpada de LED), o esmalte endurece e ganha ainda mais brilho. "O resultado é realmente excepcional: um esmalte brilhante, com duração de oito dias", ressalta Pierre Miasnik. A Fiabila depositou um pedido de patente para os dois oligômeros contidos nas fórmulas híbridas.
Graças à tecnologia Salon Prodigy, cujas fórmulas reagem quando expostas a uma lâmpada de LED, a empresa comercializa produtos capazes de competir com esmaltes em gel à base de monômeros. O uso de oligômeros, em vez de monômeros, evita a formação de um filme oclusivo extremamente difícil de remover. Embora a duração seja um pouco mais curta, o produto é muito menos nocivo para a saúde das unhas.
Paralelamente a essas duas grandes famílias, a Fiabila oferece também esmaltes à base de água sem solventes. Nesse segmento, a empresa criou uma linha de esmaltes infantis (que podem ser removidos com água e sabão) e uma linha para adultos, a retirar com acetona.
Por fim, vale notar duas inovações recentes: a tecnologia Do not Disturb, que oferece fórmulas praticamente sem odor, muito apreciadas na Ásia, e uma linha de esmaltes ecológicos à base de solventes reciclados, coletados nas linhas de produção das fábricas da empresa, o que garante o nível de pureza do subproduto.
Cada uma dessas soluções é uma forma de resposta às diversas exigências do mercado e à crescente demanda por ingredientes naturais e eficazes. E como a segurança, seja em que segmento for, é a prioridade número um, a Fiabila desenvolveu diferentes métodos para reduzir a possível formação de nitrosaminas nas fórmulas. Um tema extremamente sensível, em particular na Suíça, na Alemanha e na Áustria, onde as regras se tornaram mais rígidas. Segundo a empresa, com a eliminação de certas argilas (bentonitas) e o uso de inibidores, é possível, em determinadas condições, dividir por dez o teor dessas substâncias. Essa é mais uma tecnologia para a qual a empresa apresentou um pedido de patente.
Mercado em plena expansão
Em relação à produção industrial, a Fiabila manteve os investimentos que vinha fazendo e não esconde seu orgulho ao dizer que dispõe de capacidade para acompanhar a expansão mundial do mercado.
Outra novidade é que o Grupo acaba de inaugurar uma fábrica de envase na Polônia. Operacional desde o mês de abril, essa unidade, cuja área construída é de mais de 8.000 m2, dispõe de linhas automatizadas, de equipamentos de ponta idênticos aos de outras unidades do Grupo, e de técnicos que receberam capacitação na França durante três anos.
Em sua busca constante pela otimização da qualidade, a Fiabila também finalizou recentemente a reforma da unidade de trituração de pigmentos da fábrica de Maintenon, na França. A nova tecnologia desenvolvida pela empresa reduz consideravelmente os riscos de contaminação aérea dos pigmentos. Aliás, essa unidade acaba de obter, pelo segundo ano consecutivo, a certificação Platinum, da EcoVadis, na área de RSE. A Fiabila vem se empenhando para que o mercado reconheça o alto nível de desempenho em todas as suas fábricas espalhadas pelo mundo, por meio da obtenção de certificações globais.