Derivada de um tipo açúcar naturalmente encontrado na pele, a gluconolactona é um ácido suave pertencente à família dos polihidroxiácidos (PHA). “Ela atua na normalização da renovação celular e ameniza linhas finas e de expressão, sem sensibilizar, além de restaurar a barreira natural da pele e renovar sua capacidade de autoproteção contra agentes irritantes”, afirma Patricia Lima, CEO e fundadora da Simple Organic.
A marca lançou recentemente em sua coleção [R]evolution o fluído renovador Pré-Skincare, que realiza uma esfoliação química suave na camada mais superficial da pele e conta com 10% de gluconolactona na formulação. “Ela é ainda benéfica para melhorar cicatrizes, melasmas, manchas senis, hiperpigmentações, acne e rosácea. Daí sua indicação como substituto perfeito dos alfa-hidroxiácidos (AHA) em cosméticos que limpam, tonificam e suavizam a pele, além dos tradicionais esfoliantes e anti-agings, sendo ótima para rotinas de pré-skincare”, diz Lima.
Alto peso molecular
Luiz Romancini, CPO da Creamy, explica que diferentemente dos AHAs, como os conhecidos ácido glicólico e o ácido mandélico, e dos Beta-Hidroxiácidos (BHAs), como o ácido salicílico, a gluconolactona tem um alto peso molecular, por isso consegue penetrar lenta e suavemente na pele, apresentando menor potencial irritativo. Ela também apresenta propriedades umectantes, atraindo moléculas de água e inibindo simultaneamente a perda transepidérmica (TEWL).
Apresentado há poucos meses pela Creamy, o sérum Retinal também traz o ingrediente na composição. “O papel da gluconolactona nesta formulação é crucial, isso por que ela apresenta uma discreta atividade queratolítica, otimizando a penetração do retinaldeído na pele. Além disso, auxilia na retenção de água no estrato córneo, mantendo a pele mais hidratada e minimizando possíveis irritações. Por fim, pode-se afirmar que a gluconolactona permite que a fórmula do Sérum Retinal da Creamy seja mais balanceada, proporcionando um tratamento noturno completo”, afirma Romancini.
Ingrediente chave do momento na cosmetologia
Bastante versátil, o ativo aparece em três diferentes produtos para a limpeza da pele da Hidrabene – sabonete, espuma e gel de limpeza profunda. “Acreditamos que a gluconolactona é o ingrediente chave do momento na cosmetologia. Ele pode ser aplicado em uma extensa gama de produtos, oferece diversos benefícios à pele e pode ser utilizada em diferentes tipos de peles”, diz Mayara Campos, coordenadora de P&D da marca, que já tem projetos de desenvolvimento para aplicações do ativo em séruns e tônicos.
A Adcos é outra marca que também utiliza a gluconolactona. O ingrediente é empregado em um produto da linha profissional do grupo, o Gluco Peel Fase 1, que promete pele revitalizada e iluminada após a primeira sessão, podendo ser aplicado mesmo em peles sensíveis.
De nome complexo, a gluconolactona é um ativo relativamente novo na indústria de cosméticos e ainda não muito conhecido no Brasil, se comparado a outros ingredientes com função similar. Mas esse cenário deve mudar em um futuro próximo. “Eu acredito que a gluconolactona será considerada a próxima geração de esfoliantes químicos do mercado e, em breve, veremos cada vez mais dermocosméticos com este ativo em sua formulação”, afirma Romancini.