De acordo com a Kline, o mercado de cosméticos e produtos de higiene pessoal dos EUA, um negócio de US$ 75 bilhões, está prestes a sofrer a maior queda já registrada desde a Segunda Guerra Mundial, devido à pandemia de COVID-10.

As novas previsões publicadas pela empresa de pesquisas em relatório especial sobre o tema [1], indicam um declínio de 2,5% em 2020 como o resultado mais provável. No melhor cenário, o mercado apresentaria um avanço de 1,5% neste ano; já no pior cenário, a queda seria de 8,1 %.

Até aqui, a queda de 0,8% apresentada pelo mercado em 2009, durante a última recessão, era a maior já registrada pela Kline. (Foto : © FamVeld / shutterstock.com)

Antes da pandemia, a Kline esperava um crescimento crescimento anualizado de 3,8% até 2023nos Estados Unidos.

Tal declínio é sem precedentes. Até aqui, a queda de 0,8% apresentada pelo mercado em 2009, durante a última recessão, era a maior já registrada pela Kline. A única outra vez na qual a Kline identificou queda nas vendas foi em 1991, quando as vendas caíram 0,3% em meio uma outra recessão.

A análise da Kline agrupou as categorias de beleza em quatro grupos.

 Categorias de resgate, como desinfetantes para as mãos e sabonetes líquidos para as mãos, que experimentarão picos nos níveis de consumo.
 Itens básicos do dia a dia, como shampoos e desodorantes, devem seguir sendo consumido pelos consumidores mais ou menos como de costume.
 Soluções calmantes, como itens de cuidados faciais e esmaltes, que devem recuar no curto prazo mas podem se beneficiar à medida em que o consumidor recorra a elas como um tratamento ou como uma forma de manter ou estabelecer a parte da rotina que elas ainda podem controlar.
 Categorias que podem esperar, incluindo fragrâncias e maquiagem, que deverão ter redução drástica durante o período de distanciamento social e tendem a continuar a sofrer durante as consequências econômicas nos próximos anos.

"O mercado de cosméticos, sem dúvida, sofrerá em 2020 e nos próximos anos. Esperamos que ele se recupere dentro de três a cinco anos, como ocorreu em todas as recessões passadas", disse Carrie Mellage, Vice President na Kline Consumer Products Practice. "Em comparação com outras indústrias, o mercado de beleza é bastante resiliente à recessão e seus produtos continuarão sendo desejados pelos consumidores, seja para atender às necessidades básicas do dia a dia, quanto para uma indulgência”.