Segundo a Mintel, as vendas mundiais de produtos de maquiagem deverão totalizar 48,3 bilhões de dólares em 2018, registrando um crescimento de 6% em relação ao valor apurado em 2017 (45,5 bilhões de dólares). Os cinco países que mais deverão se destacar nessa categoria em 2018 serão os Estados Unidos (12,1 bilhões de dólares), o Japão (6,4 bilhões), a China (5,1 bilhões), o Reino Unido (2,7 bilhões) e a Coreia do Sul (2,2 bilhões).
A Mintel identificou quatro macrotendências para o mercado de maquiagem: mídias sociais, sustentabilidade, transparência e hibridação.
Mídias sociais
O sucesso das influenciadoras mostrou que o público não compra só um produto, mas também uma personalidade. Por isso, é importante, cada vez mais, que as marcas digam claramente quem são e o que pensam.
– 41% das chinesas que compram produtos de maquiagem são influenciadas pelas blogueiras e vlogueiras mais famosas do setor de beleza |
As mídias sociais oferecem às marcas um canal para estabelecer relações mais próximas com as consumidoras e incentivam as usuárias de maquiagem a adotar novos hábitos.
"Conforme uma moda vai passando e outras vão chegando, novas regiões do rosto consideradas selfie-friendly passam a receber mais atenção", explica Charlotte Libby, Global Colour Cosmetics Analyst da Mintel. |
Sustentabilidade
Toda a indústria de beleza vem apostando em produtos naturais e orgânicos, e o setor de maquiagem não é exceção: uma atenção cada vez maior vem sendo dada à origem dos produtos e à qualidade dos ingredientes. Diante desse cenário, as marcas precisarão mostrar que adotam políticas éticas e que seus produtos levam em conta a preservação dos recursos naturais e o uso de alternativas ecológicas.
– 66% das britânicas usuárias de cosméticos com idade entre 16 e 24 anos gostariam que os vendedores fornecessem mais informações sobre produtos de beleza que respeitam o meio ambiente |
"As consumidoras se interessam por marcas que oferecem produtos sustentáveis. Uma possibilidade de inovação que as marcas podem explorar consiste em tentar reduzir a pegada de carbono por meio da diminuição dos resíduos produzidos. A tendência em termos de embalagem é abrir mais espaço para materiais alternativos, como bambu, casca de coco e farelo de arroz", explica Charlotte Libby.
Transparência
Ao usar um produto, os jovens consumidores querem ter certeza de que ele é fabricado por empresas e marcas com a mesma visão de mundo que a sua.
– 34% dos brasileiros da geração Millennials (19 a 35 anos) declaram preferir produtos de marcas que apoiam projetos sociais |
As marcas precisam convencer os consumidores de que o posicionamento assumido por elas é autêntico. "Uma estratégia de doações para instituições beneficentes deve ser desenvolvida no longo prazo e de forma apropriada, para que se torne parte integrante das atividades da empresa", continua Charlotte Libby.
Hibridação
Diante do aumento da demanda por produtos de maquiagem que fazem bem à pele, cresce o leque de possibilidades à disposição das marcas para desenvolver produtos híbridos que atendam às exigências de ambas as categorias.
– 67% das mulheres chinesas desejam simplificar a rotina de maquiagem
– 41% das americanas que compram produtos de beleza estariam potencialmente interessadas em produtos polivalentes
– 41% das mulheres francesas pensam que fatores ambientais (poluição, frio, etc.) afetam a aparência da pele
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"Considerando a crescente preocupação que as consumidoras têm demonstrado em relação aos efeitos da poluição, os produtos de maquiagem podem oferecer proteção adicional para o rosto. É importante que esses produtos atuem também como cuidados da pele, por exemplo com ação hidratante e de protetor solar. Os probióticos também representam uma fonte de oportunidades: essa tendência importante no setor de cuidados da pele, que estabelece uma correlação entre a qualidade da flora bacteriológica e a saúde da pele, vem aos poucos ganhando terreno no setor de maquiagem", conclui Charlotte Libby.