O uso cosmético da semente de ucuuba, que promove hidratação profunda da pele, estimula a preservação ambiental de espécie ameaçada de extinção. “Antes derrubada para exploração madeireira e ameaçada de extinção, a árvore da ucuuba agora é beneficiada por um ciclo virtuoso de preservação e manejo sustentável da espécie”, diz a marca brasileira
A semente dessa árvore, presente em áreas alagadas da Amazônia, é fonte de uma manteiga leve e com alto poder hidratante, utilizada nos produtos da linha Natura Ekos Ucuuba. Testes in vitro comprovaram que o seu uso estimula a produção de elastina e colágeno da pele e promovem hidratação da pele.
De acordo com a Natura, os produtos da linha de hidratação corporal Natura Ekos Ucuuba contribuem para a conservação de uma área de 65 mil hectares (o equivalente ao mesmo número de campos de futebol) na Floresta Amazônica ao reverter uma lógica de desmate predatório da espécie.
Em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Natura estudou a diversidade genética das populações de ucuuba presentes em quatro comunidades no Pará, fornecedoras de sementes para a empresa. A partir da pesquisa e da análise das práticas das populações locais, a empresa promoveu ações positivas para a conservação da espécie.
O programa foi iniciado com a mobilização dos agricultores e técnicos locais, por meio de cursos promovidos nas comunidades para disseminar boas práticas de manejo e conservação da ucuuba, e o time de campo da Natura foi capacitado para monitorar as plantas jovens nas áreas de coleta. Além de garantir a preservação das árvores que já existem, o projeto também viabilizou a produção de 5 mil mudas de ucuuba, que foram distribuídas para plantio nas comunidades.
A coleta da ucuuba é feita por cooperativas e comunidades tradicionais parceiras da Natura, gerando desenvolvimento e renda para quase 1,2 mil famílias e impactando positivamente a vida de 4,7 mil pessoas na Amazônia. A cada ano, a renda obtida pelos agricultores com uma árvore preservada é três vezes maior do que a obtida pela exploração madeireira. Enquanto a árvore é derrubada apenas uma vez, os frutos são colhidos por no mínimo dez anos. “A coleta consciente das sementes possibilita o manejo sustentável da espécie e a perpetuação da floresta em pé, gerando renda a partir de um produto florestal não madeireiro e ressignificando o valor do ativo e seu lugar na cadeia produtiva”, afirma Mauro Costa, gerente de relacionamento com as comunidades da Natura.