Comprar remédios não é mais o principal motivo que leva os consumidores à farmácia. No Brasil, as redes de farmácias e drogarias faturam cada vez mais com a comercialização de produtos de higiene pessoal e cosméticos.
De janeiro a março de 2014, o setor farmacêutico registrou R$ 7,4 bilhões em vendas no país, um aumento de 16,74% em relação ao mesmo período no ano passado, segundo dados da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
Mas os grandes responsáveis pela alta não foram os medicamentos. A categoria cresceu 15,15%, encerrando o trimestre com R$ 4,9 bilhões em vendas. O maior crescimento seu deu no segmento de higiene e beleza, com 20% a mais na comparação anual, somando R$ 2,5 bilhões.
O resultado seguiu a tendência apontada em 2013. A categoria de não-medicamentos, que inclui cosméticos, itens de higiene pessoal e suplementos alimentares, foi a que mais cresceu. No ano passado, teve acréscimo de 19,17%, contra 11,44% dos medicamentos, e registrou uma participação de 32,51% no volume total.
De olho neste nicho, as principais redes de farmácias e drogarias brasileiras investem alto na produção de artigos de beleza e higiene pessoal de marca própria.
Umas das pioneiras foi a Ultrafarma, que em 2006 lançou sua marca de cosméticos Rahda, hoje respondendo por 5% das vendas totais. Há seis anos operando com artigos de marca própria (17% de participação em não-medicamentos), a Pague Menos deve oferecer ainda neste ano novos produtos como desodorantes, espuma de barbear e xampu a seco. Operando no sul do Brasil, a Panvel prevê crescimento de mais de 19% para seus cosméticos de marca própria em 2014.