Publicado recentemente na revista científica mBio, um novo estudo sobre epidemiologia [1], resultado de uma colaboração entre a Amway e a Microbiome Insights, revelou que até 20% da variabilidade das bactérias presentes na pele humana resulta de fatores relacionados com demografia, fisiologia e estilo de vida.
A pesquisa envolveu 495 indivíduos com idade entre 9 e 78 anos. Com base na coleta de mais de 2.500 amostras de quatro regiões da pele e da boca, os cientistas descobriram que, dentre os fatores de maior influência associados à composição do microbioma da pele facial, estavam os níveis de porfirinas cutâneas (moléculas fluorescentes sintetizadas pela C. acnes, bactéria envolvida no desenvolvimento da acne), bem como o envelhecimento e o uso de protetor solar.
Em relação à mucosa bucal, a etnia e o tabagismo foram os dois fatores que apresentaram maior correlação com as variações do microbioma.
O estudo encontrou ainda diferentes padrões de microbioma cutâneo relacionados com a idade cronológica, e outros que correspondiam a rugas faciais e manchas de hiperpigmentação. A descoberta de uma bactéria chamada Corynebacterium kroppenstedtii e sua correlação com o envelhecimento da pele estão sendo anunciadas como o primeiro passo rumo ao entendimento de como este micróbio pode estar envolvido nos mecanismos de envelhecimento cutâneo.
Um pedido de registro de patente relativa a essa descoberta específica está atualmente em fase de estudo pelos órgãos competentes.
Ao comentar sobre estas descobertas, o Dr. Pedro Dimitriu, Senior Director de Bioinformática na Microbiome Insights, Inc., que colaborou com a Amway no desenvolvimento do estudo, declarou que a pesquisa “avança nosso entendimento sobre por que os microbiomas cutâneos são tão diferentes de uma pessoa para a outra”.
“Sabíamos que o ambiente no qual vive o organismo influencia o microbioma cutâneo até certo ponto, mas este estudo revela que algumas características do hospedeiro e fatores associados ao estilo de vida também são determinantes”.