O verão 2020-2021 chegou ao fim no Brasil, dando início a uma nova temporada de tratamento do melasma, “aquelas manchas acastanhadas de aspecto rendilhado que aparecem no rosto e em áreas mais expostas do corpo”, explica o dermatologista Daniel Cassiano. Como a radiação solar é a maior estimulante da melanina, é comum o surgimento ou a piora das manchas durante o verão. Isso ocorre porque os melanócitos ficam hiperativos e produzem mais pigmentos para a pele, numa tentativa de defesa contra os efeitos dos raios solares.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima-se que o melasma atinja cerca de 35% das mulheres no Brasil. “É um problema que acomete mais mulheres com fototipos intermediários. Nem tão branca, nem tão preta. Por essa razão, vemos muito melasma num país miscigenado como o Brasil”, diz o médico.
Para Maurizio Pupo, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Ada Tina Italy, existem muitos equívocos em relação ao melasma no país. “As pessoas colocam a culpa na gravidez, nas telas do celular e computador, na poluição, no anticoncepcional. Até no estresse andaram colocando culpa”, ele cita. “Na Itália, as mulheres ficam grávidas, usam anticoncepcional, trabalham com computador, são expostas à poluição e ao estresse, e lá não existe melasma. O mesmo acontece na Alemanha, na Inglaterra, no Canadá e muitos outros países, porque o que causa o melasma é o sol”.
Segundo ele, o Brasil vive uma epidemia de melasma e o segredo para evitá-lo é a proteção solar de qualidade. “A gente tem que compreender que existem dois tipos de filtros solares, os comuns e os de alta tecnologia de proteção, que duram até 12 horas na pele, como é o caso da Ada Tina Italy”. Para reforçar o cuidado, ele recomenda também a aplicação de antioxidantes na pele, que impedem a geração de radicais livres e criam uma segunda barreira de proteção.
“Os séruns de proteção celular são uma grande inovação no mercado. Eles usam ativos e peptídeos que penetram nas camadas mais profundas da pele e protegem as células com efeito antioxidante”, diz Rafael Arpini, desenvolvedor científico da Scientific Skin Technology. “O CLEAR70 tem o objetivo de promover um efeito clareador e iluminador da pele, sem causar irritação e em todas as épocas do ano, mesmo com a pele exposta ao sol”.
“Antigamente, as pessoas tratavam da pele entre março e novembro. De novembro até o fim do carnaval, elas destruíam a pele, retomando o tratamento em março. Isso mudou completamente”, relata Pupo. Produtos agressivos à pele que eram usados contra o melasma, como ácido retinóico e hidroquinona, caíram em desuso, de acordo com ele. “Hoje, nós temos vitamina C, niacidamina, ácido tranexâmico e um arsenal de substâncias que fazem com que nós possamos tratar o melasma em qualquer estação do ano. Até porque em muitos lugares do Brasil, temos verão o ano todo”.
A Be Belle também aposta em antiglicantes para o tratamento do melasma. “O açúcar é um grande vilão para as manchas. Ele modifica e endurece a estrutura do colágeno, gerando desconforto ao melanócito, que produz ainda mais melanina”, afirma a CEO Ludmila Bonelli.
A marca lançou o creme clareador Be Fresh, um produto multifuncional, que desglica, antioxida e fortalece a estrutura do colágeno. “É um novo conceito tratar a funcionalidade da pele através da antiglicação dos tecidos e da antioxidação. Usar um antiglicante tópico diariamente na pele é tão importante quanto um protetor solar”, ela diz.
Para Arpini, esse é um segmento que deve crescer no Brasil. “Estamos passando por uma transformação no meio médico e também na indústria cosmética. Essa nova visão aliada a novas tecnologias vão ampliar muito os resultados e, por consequência, o mercado de tratamento do melasma nos próximos anos”.