Luis Felipe Ticianeli tinha o desejo de empreender e a experiência no mercado da beleza - trabalhou no Grupo Boticário e Desinchá. Mas foi em uma conversa descontraída com a própria mãe que ele teve o insight para inaugurar seu negócio. Insatisfeita com as propagandas de cremes anti-idade, feitos por mulheres jovens, ela lhe confessou que não queria parecer ter 20 anos novamente, e sim, sentir-se bem com os seus 50. “Aquilo ficou na minha cabeça e foi a partir daí que surgiu a ideia de fundar a Evi”, revela o CEO.
Para isso, ele se uniu ao amigo de faculdade Vitor Beer, especialista em marketing com atuação em grandes startups de moda e bem-estar, como Dafiti e Liv-Up. “Atualmente, o mercado de beleza trabalha muito em cima da ideia do ‘anti’: anti-idade, antienvelhecimento e por aí vai. Criam-se produtos com a promessa de desaparecer com os sinais da idade. Além de ser uma promessa impossível, essa comunicação estimula uma visão negativa sobre a maturidade”, diz o cofundador da marca.
A proposta da Evi é atender à demanda do público maduro. “Sabemos que mulheres com 40+ anos têm necessidades específicas para a pele e o cabelo devido às transformações que ocorrem em seus corpos nesse período. Faz todo sentido uma marca nascer focada na criação de produtos para essa faixa etária”, afirma Ticianeli. “A Evi vem para exaltar esse período e transformar essa visão, mostrando que a maturidade é linda, que a beleza não tem data de validade e que ela não precisa ser ‘anti’ e sim a favor de coisas boas”, acrescenta.
Canal digital
Para criar a marca, os sócios apostaram no canal digital, que vem ganhando mais destaque no Brasil desde o início da pandemia da Covid-19. De acordo com o último relatório da Neotrust, divulgado pela empresa de trade marketing digital Lett, o comércio eletrônico de produtos de beleza e higiene teve crescimento de 14,4% no ano passado e a previsão para 2021 é ainda maior: aumento de 23% em relação a 2020, com faturamento de R$ 8,1 bilhões.
Além do bom desempenho do setor de cuidados pessoais no ambiente online, Beer enxerga outra vantagem. “É o canal ideal para dialogar com o público e criar as melhores soluções possíveis para nossa cliente, tanto de produto quanto de experiência. Afinal, falamos diretamente com elas, sem nenhum intermediário no caminho”.
Questionado se pessoas de 40 anos ou mais se identificam com marcas digitais e confiam em comprar um novo produto de uma marca nova pela internet, Beer assume: “existe uma barreira a ser rompida, com certeza. Mas acreditamos que a qualidade de produto, o novo conceito que a marca traz e o trabalho sério e contínuo que estamos fazendo nas mídias sociais podem ajudar nesse processo”, diz o diretor de marketing e produto da Evi.
A marca chegou ao mercado nos primeiros dias de 2021, tendo um produto único em seu catálogo: o Sérum revitalizador de olhar. Formulado com ácido hialurônico, esqualano e meiyanol, ele promete clarear olheiras, desinchar bolsas gradativamente, suavizar rugas e linhas de expressão e estimular firmeza na região.
“A Evi traz um novo conceito de marca de beleza para o Brasil. Nós lançamos esse conceito, além do produto. Assim, decidimos criar um produto extremamente performático e garantir espaço para o lançamento da Evi”, explica Ticianeli. “Hoje, nosso foco é skincare, mas cresceremos a nossa marca, tentando solucionar as principais dores da mulher 40+ brasileira”, finaliza o CEO.