Beleza natural, crescente interesse do público masculino, beleza ativa e a selfie perfeita: estas quatro megatendências vão orientar o comportamento dos consumidores do mercado de produtos de beleza e cuidados pessoais nos próximos anos, de acordo com Gislene Attilio Meyer, Gerente de Marketing para Home & Personal Care da Dow para a América Latina.
Segundo a especialista, boa aparência e bem estar passam a ser cada vez mais valorizados quando obtidos de forma natural e sem esforço. Os apelos relacionados a esta tendência são aqueles que realçam a beleza e dão a sensação de que os produtos são personalizados, ou seja, feitos sob medida para cada consumidor.
Outra tendência apontada diz respeito ao público masculino, que está gastando mais tempo se cuidando. Meyer explica que os homens preferem o termo “cuidados com o corpo” a “estética”. Para eles, o tempo é uma questão fundamental, então é necessário facilitar a inclusão dos produtos em suas rotinas. Além disso, é preciso que o desempenho do produto seja comprovado, com propósito claro e definido.
Na tendência da beleza ativa, a gerente de marketing destaca a preocupação com o bem-estar do corpo e da mente, trazida com o aumento da expectativa de vida e com o envelhecimento da população mundial. Até 2050, é estimado que existam mais de 2 bilhões de pessoas com mais de 65 anos em todo o mundo. Marcas estão sendo criadas para o uso de produtos de alto desempenho para antes e depois da atividade física, com claims de proteção solar e resistência ao suor.
Além da mudança do perfil etário da população, o mundo também passa por um processo acelerado de urbanização, expansão da classe média global e aumento da demanda por sustentabilidade, segundo Meyer. “Os consumidores buscam cada vez mais produtos que os ajudem, por exemplo, a parecer mais jovens. Eles procuram cosméticos que protejam a vitalidade dos cabelos e da pele no ambiente urbano”, afirma.
Neste contexto, Meyer destaca que a Dow “oferece soluções que trazem um sensorial diferenciado e surpreendente, texturas transformadoras que intensifiquem a experiência do consumidor com o produto, além de apresentarem atributos multifuncionais, já que a praticidade está alinhada com a vida moderna e urbana”.
Por fim, a megatendência das selfies acompanha a maneira com que a tecnologia e a conectividade estão mudando o jeito de descobrir, selecionar e adquirir produtos. Segundo Meyer, os consumidores querem produtos eficazes com efeito imediato e que ofereçam benefícios semelhantes aos filtros de fotos digitais, corrigindo imperfeições da pele, rugas, linhas de expressão e poros. Os focos principais são nos segmentos de maquiagem e produtos para o cuidado com o rosto e os cabelos.
“O mundo digital está presente no cotidiano da população. Hoje, as pessoas podem fazer compras por meio das redes sociais e escolher a cor da maquiagem com aplicativos que simulam a aplicação do produto e o resultado final”, argumenta. Meyer destaca que outro aspecto importante do mundo digital é a influência dos bloggers e youtubers no consumo. “A geração millenial não se importa com o rótulo e com os benefícios que estão sendo oferecidos, mas sim com a proposta da empresa que vende os produtos e com a experiência que eles irão proporcionar”.
Para ela, a recessão econômica não tem um impacto substancial no mercado brasileiro da beleza. “O que pode haver é uma troca no mix de produtos: a migração de um produto mais caro para um mais barato, o que gera a sensação de luxo acessível. O brasileiro sempre cuidou de sua imagem e vai continuar investindo em cuidados pessoais”, afirma.