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Connected Packaging. Diversas tecnologias já estão à disposição das marcas para conectar embalagens e mundo virtual.

"As embalagens conectadas estão novamente ganhando terreno, impulsionadas pelo crescimento do número de aparelhos conectados e por tecnologias que permitem criar um elo entre o produto e o mundo on-line", explica David Luttenberger, Diretor Mundial de Embalagens da Mintel.

Para conectar virtualmente as embalagens, as marcas dispõem atualmente de um amplo leque de opções. As embalagens conectadas podem criar um vínculo entre o universo de compras nas lojas e o universo digital, oferecendo às marcas um canal para controlar sua imagem on-line e oferecer conteúdos atraentes e informações específicas que podem, sim, influenciar as decisões de compra.

Closing the Loop. Para as marcas, a questão da reciclagem representa uma oportunidade para se diferenciar e conscientizar os consumidores.

Embora o argumento de oferecer embalagens recicláveis já tenha se tornado banal, ainda é raro ver no rótulo a indicação de que elas são fabricadas com materiais reciclados. Habituados a reciclar certos tipos de embalagem há muitos anos, hoje os consumidores consideram que a reciclabilidade deve ser a regra. O que eles querem, agora, é que a indústria dê um passo à frente.

"As marcas têm diante de si uma oportunidade de se diferenciar e conscientizar os consumidores sobre a importância da reciclagem. Para isso, precisam fazer parte da solução e assumir o compromisso de utilizar materiais reciclados em suas novas embalagens", publicou a Mintel.

Reinventing the Box. Diante da crescente popularidade das compras on-line, as marcas precisam definir uma estratégia adaptada para as embalagens.

Mundialmente, as vendas pela internet movimentaram mais de 2,1 trilhões de dólares em 2017, e a previsão é que elas cheguem a 3,8 trilhões de dólares até 2021, o que representa um crescimento de aproximadamente 14% ao ano. Nesse cenário em que os consumidores optam cada vez mais por comprar pela internet, as estratégias próprias ao comércio eletrônico estão revolucionando a indústria. "Analisando o design das embalagens, percebemos que o desenvolvimento acelerado do comércio eletrônico teve um impacto bem maior do que todas as mudanças observadas nessa indústria nas últimas décadas", ressalta David Luttenberger. "Com as vendas pela internet, as marcas estão aprendendo que a mensagem que desejam transmitir ao cliente deve estar presente tanto na embalagem usada no transporte como dentro da caixa na qual se encontra o produto: ela deve oferecer elementos que proporcionem ao consumidor o sentimento de alegria e surpresa ao abrir o pacote".

Naturalmente, as expectativas dos consumidores dependem do tipo de produto que tenham encomendado pela internet. Mas, em todos os casos, as marcas precisam ter consciência de que o cliente continuará a associar a qualidade do produto e da marca com o cuidado que é dado à embalagem e à expedição do pedido.

Plastic-Free. Com o aumento do número de seções "sem plásticos" nos supermercados, as marcas precisam definir qual a solução de embalagem que poderá garantir a elas um lugar de destaque nas prateleiras.

Corolário da crescente conscientização sobre os efeitos nefastos do plástico para o meio ambiente e a saúde humana, a rejeição em relação a esse material vem ganhando terreno entre os clientes. Muitas novidades lançadas pelo varejo — como seções "sem plásticos", lojas "sem embalagem" e materiais alternativos usados na fabricação de embalagens — oferecem aos consumidores a possibilidade de contribuir ativamente para a redução do volume de plásticos no planeta.

As marcas precisam agir agora, e existem várias maneiras de se posicionar: por exemplo, garantindo um lugar de destaque nas prateleiras "sem plásticos" que estão sendo criadas nas lojas; optando por materiais de embalagem com boa aceitação pelo público; ou participando do debate sobre a questão e explicando claramente as vantagens das embalagens plásticas para os produtos que elas oferecem — mas, nesse caso, devem também explicitar o que fazem para lutar contra a poluição causada pelos plásticos, com soluções adaptadas ao pós-consumo", conclui David Luttenberger.