O comércio eletrônico brasileiro não para de crescer. Segundo os últimos dados da E-bit, as vendas online registraram um aumento de 24% em 2014, com um faturamento de R$35,8 bilhões. Mais de 61 milhões de pessoas já fizeram alguma compra online no país, sendo que as mulheres são responsáveis por 57% do consumo – 39% delas com idade entre 35 e 49 anos.
A categoria de cosméticos, perfumaria e saúde ocupa o segundo lugar em volume de vendas realizadas via web, com uma participação de 17,4% - apenas 0,1% abaixo da primeira colocada, moda e acessórios. Fatores como conveniência, facilidade de acesso fora dos grandes centros urbanos, preços competitivos e variedade de produtos são apontados pelos consumidores como os grandes atrativos do varejo online.
Uma vez superados os dilemas com seus principais canais de vendas, gigantes como Natura, Avon, Grupo Boticário e P&G lançaram – ou relançaram – suas plataformas de e-commerce nos últimos anos. Mas a internet é um espaço democrático por excelência, o que se traduz em vantagens competitivas para empresas de pequeno e médio porte, que têm estruturas menos burocráticas e são mais ágeis para se adaptar à realidade digital. O varejo online tornou mais simples e barato criar e administrar um negócio, sem a necessidade de investimentos exorbitantes em infraestrutura e tecnologia.
“O ambiente web permite que empresas de nicho, que trabalham com um conceito de boutique de beleza, tenham um cenário positivo de atuação,” afirma a executiva de beleza e boa forma Maria Fernanda Braga que, ao lado da empresária Julia Loyola, idealizou e lançou a BeautyList. Inaugurado em setembro de 2014, o e-commerce de beleza tem uma seleção de dermocosméticos, maquiagens e acessórios de beleza de mais de 30 marcas importadas, incluindo ArtDeco, Avéne, Bourjois, Institut Arnaud, Keune e Nuxe. Além do braço virtual, a empresa conta também com uma loja física em Curitiba.
“Acreditamos no conceito de omnichannel, em que é possível operar em vários canais com conexões entre cada ponto de contato com o consumidor,” explica Loyola. Segundo ela, diante das inúmeras ofertas de produtos oferecidas pelos grandes players, mesmo as consumidoras mais experientes no universo da beleza têm dificuldade em identificar de maneira eficiente os produtos adequados às suas necessidades. “A seleção de produtos disponíveis na BeautyList conta com a nossa curadoria, o que permite que a cliente tenha mais segurança no momento da compra.”
Além da seleção de marcas internacionais, a BeautyList traz ainda uma linha própria, desenvolvida na França – a BeautyList Collection –, com máscara de colágeno de biocelulose e patch para contorno dos olhos. “Nossa intenção é expandir a linha, com produtos para o cuidado do corpo e maquiagens, além de edições limitadas e itens que acompanhem a sazonalidade do mercado”, afirma Braga.
A recomendação personalizada de produtos para as consumidoras se consolidou como uma importante ferramenta de negócios para o canal de vendas diretas, e o comércio online não perdeu tempo em adotar uma estratégia semelhante. Através do Beauty Quiz, a BeautyList oferece dicas de beleza, amostras selecionadas e ofertas exclusivas. “Acreditamos que a tendência é que não exista mais a necessidade da presença física da consultora de beleza para uma venda adequada e eficaz. O nosso interesse está em compreender o perfil da consumidora e acompanhar suas necessidades, tornando o relacionamento mais personalizado”, conclui Loyola. “Esperamos que o resultado venha em forma de retenção, fidelização e aumento de conversões”.
